Agência de fronteiras americana contradiz decisão do STF e revela que o ex-assessor de Bolsonaro nunca entrou nos Estados Unidos na data usada por Moraes para justificar prisão
Exclusivo do ClicJA
Informação verificada
ESCÂNDALO DIPLOMÁTICO EXPÕE ABUSO JUDICIAL
A U.S. Customs and Border Protection (CBP) — órgão responsável pelo controle de fronteiras dos Estados Unidos — desmentiu oficialmente que Filipe Martins, ex-assessor de política externa do governo Bolsonaro, tenha entrado no país em 30 de dezembro de 2022, data usada pelo ministro Alexandre de Moraes como base para justificar sua prisão preventiva.
Em nota pública, a CBP afirmou ter revisado todos os registros migratórios e constatado que “não há qualquer evidência de entrada ou tentativa de ingresso de Filipe Martins nos Estados Unidos nessa data”, acrescentando que a inclusão de tal informação nos sistemas “é incorreta e permanece sob investigação interna”.
MORAES USOU DADO FALSO PARA JUSTIFICAR PRISÃO
A declaração da CBP atinge diretamente a credibilidade do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que havia citado o suposto registro de viagem como parte de um “plano de fuga” de Martins, associando-o a investigações de “tentativas de golpe de Estado”.
A revelação americana indica que o documento apresentado por Moraes era falso — o que, na prática, significa que o ex-assessor foi mantido preso sem base factual.
Advogados da defesa afirmam que o registro apresentado pelo STF tinha erros grosseiros, como a grafia incorreta do nome (“Felipe” em vez de “Filipe”) e uso de um passaporte cancelado, o que já deveria ter levantado suspeitas antes da decisão de prisão.
REPERCUSSÃO INTERNACIONAL E POLÍTICA
A nota oficial da CBP provocou reação imediata na imprensa e nas redes sociais. Juristas e parlamentares da oposição classificaram o caso como “um dos maiores abusos judiciais da história recente do Brasil”.
O episódio, segundo analistas, evidencia a falta de critério e o uso político do Judiciário em casos envolvendo figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Veículos estrangeiros, como o Wall Street Journal e o Daily Caller, também repercutiram o caso, destacando que um ministro da Suprema Corte brasileira teria se baseado em um registro falso fornecido por fontes não verificadas para ordenar uma prisão.
CRISE DE CONFIANÇA ENTRE BRASIL E EUA
A revelação da CBP cria um constrangimento diplomático para o governo brasileiro.
Enquanto o órgão americano condena o uso de dados incorretos em decisões judiciais, o STF mantém silêncio sobre a denúncia.
A situação levanta questionamentos sobre a integridade dos processos conduzidos por Moraes e a falta de transparência nas investigações sob seu comando.
No fim, a imagem do Brasil é novamente abalada no exterior — não por culpa de quem é acusado, mas de quem deveria garantir a verdade.
Imagem: Divulgação | Fonte: Redação ClicJA