GENIAL/QUAEST MOSTRA APROVAÇÃO PRATICAMENTE EMPATADA COM REJEIÇÃO
Pesquisas indicam leve recuperação, mas especialistas alertam: os números refletem percepção momentânea, e não melhora real na gestão.
Exclusivo do Clicja
Informação verificada
DISTÂNCIA ENTRE APROVAÇÃO E REJEIÇÃO CAI DE 17 PARA 1 PONTO
A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (9), mostra que o governo Lula (PT) recuperou parte do fôlego político perdido ao longo do ano.
A diferença entre aprovação e desaprovação, que chegou a 17 pontos em maio, agora é de apenas 1 ponto — 48% aprovam e 49% desaprovam o governo federal.
Mesmo com o apoio quase integral da grande mídia e de influenciadores estatais, o cenário segue de desaprovação pela maioria da população.
Analistas ouvidos pelo Clicja afirmam que essa melhora não reflete avanço econômico, mas sim efeito psicológico de pautas populistas e do discurso nacionalista adotado por Lula após o “tarifaço”.
EFEITO PSICOLÓGICO E ELEITORAL, NÃO ECONÔMICO
A recuperação, segundo especialistas, foi influenciada por:
• Ações de comunicação focadas em soberania e “defesa dos pobres”;
• Reforma do Imposto de Renda, com isenção até cinco salários mínimos e taxação de 10% sobre ganhos acima de R$ 600 mil anuais;
• E pela aproximação diplomática com Donald Trump, após elogios mútuos durante a Assembleia Geral da ONU.
Na prática, porém, a economia segue travada, o desemprego estrutural persiste e a inflação de serviços corrói o poder de compra — principalmente das classes médias e baixas.
MULHERES E ELEITORES DE MEIA-IDADE PUXAM A REAÇÃO
O levantamento mostra que o desempenho de Lula melhorou entre mulheres (52%) e eleitores de 35 a 59 anos (51%), dois grupos decisivos em disputas eleitorais.
Mas, entre jovens e homens, a rejeição ultrapassa 50%.
No Nordeste, o apoio segue alto; já no Sul e Sudeste, predomina a reprovação.
SINAIS DE ALERTA
Mesmo com leve melhora, a avaliação negativa segue elevada (37%), e apenas 33% consideram o governo “bom” ou “ótimo”.
A leitura é de que o Planalto estancou a sangria, mas ainda não convenceu o eleitor médio de que o país está no caminho certo.
CENÁRIO DE EQUILÍBRIO INSTÁVEL
A pesquisa revela um empate político artificial: Lula para de cair, mas não conquista novos apoiadores sólidos.
A desordem fiscal e a falta de resultados concretos continuam travando qualquer tentativa real de recuperação da confiança.
Em resumo: Lula sobe nas intenções, mas cai nas entregas.
Pesquisa Genial/Quaest realizada com 2.004 entrevistas presenciais entre 3 e 6 de outubro. Margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
E você? Acredita que essa “melhora” é real ou apenas mais uma jogada de marketing governista?
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